SÓ UM ESPINHO... O RESTO SÃO ROSAS!

O Sol

encontrou-me,

um dia, esquecida,

À sombra duma roseira florida.

Perguntou-me se eu era

enjeitada da Vida,

Órfã de sina amarga, dorida.

Fiz de minhas lágrimas bebida,

Mordi um sorriso de cor

esvaída e colhi do Sol a doce

guarida. Estendi a mão

e mostrei, desprendida,

Um golpe profundo

na palma

doída:

-Foi

um

espinho,

Sol, só

* ferida

* que lapida

* a Vida

e *

ensina *

a medida *

ácida *

do Amor...