Quão bisonha de tantas faces...

Quão bisonha de tantas faces

Falas ao rés do chão de parcas vozes

Máscaras disformes de laçoes estreitos

Como estreita fita desse olhar

Caras & bocas, lástimas perdidas

Pequenos pesares pelo que se foi

Andanças por terras mal-dormidas

Feio esteio dessa noite que cai

Tropeço nos versos, perda de memória

Coisas confusas com alguma explicação

A solicitude para entender mesmo em dor

Face que mais se oculta, Lua e sarjeta

No chão, nem flores, bisonhos beijos

Mãos que escondem a vontade , o carinho

Pequenos fantasmas oriundos do passado

Que passando se expairam em qualquer luz

Nenhuma vontade, sons volúveis

Resquícios de um gozo esquecido

Imagens que fecham numa tarde de domingo

Dormindo para esquecer o amanhã e o ontem

Dessa fala, tudo está faltando

Apenas o ar é ainda bom

A face oculta que fala da face

Como se quizesse fazer algo proibido

Aquele beijo ainda é o bom da vida

Em gozo..., melhor.

Se minhas palavras tornaram-se distantes, não fui eu quem saiu do caminho.

Eu sei a luz que sigo. E ela é bem feliz.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 30/03/2005
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