Suplício
Suplício
Sandra Ravanini
...sopro então para as exéquias o fermento!
Vai mormaço delinqüindo esta amargura,
entregando a salvação pra esta rasura
inconteste, lacerando o ferimento.
Rasgo o meu papel, e co-ré saio confusa
pro incerto jugo parindo sofrimento,
e caiando a página viro esquecimento
violando a certidão, um livro que me acusa!
Bebo do espinho o leite do meu desvario
e coisa alguma muda o sinal da sina,
e caio florindo minha estrada assassina.
Encontro o nada dentro do mesmo vazio!
26/02/2008