LABIRINTO URBANO

Nesse labirinto de prédios

admito minha alegria

durante qualquer tarde vazia

em que caminho só.

É sujo o chão cheio de lixo,

e na noite quero desaparecer

para me enganar, esquecer

de toda a agitação vulgar.

Eu busco as sombras

tomando o devido cuidado

de no auto-exílio, deslumbrado

não perder a atenção

Vento, papéis e calafrios

saudade daquela amizade,

da lua de uma outra cidade

em que me fecharam a porta.