SÓ A LIBERDADE ME APRISIONA

Eu sou propriedade das portas abertas

As algemas que me prendem têm o peso do meu voar

Porque minhas atenções só se submetem aos meus alertas

E as celas que me detém têm as dimensões do alto mar!

Eu sou o vento incessante que circula toda Terra

Sou os avanços e recuos das impressionantes marés

Sou a onda que se sente pressionada pelo mar e se lança às pedras

Eu não sou a imagem de um momento, nem tampouco o seu invés!

Eu sou palavra que não se explica por única tradução

Eu sou canção de ritmo indefinido

Meu amor não é enclausurado, nem mesmo por meu coração

O céu de meu mundo interior transcende as fronteiras do infinito!

Que eu não seja condenado pelos braços que desejam ser amarras

Cada pássaro traça o vôo de suas próprias histórias

Alguns se encantam por puleiros ou moram nos ombros e casas

Outros são filhos da liberdade e não toleram gaiolas!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 26/02/2008
Reeditado em 30/01/2012
Código do texto: T876567
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