SÓ A LIBERDADE ME APRISIONA
Eu sou propriedade das portas abertas
As algemas que me prendem têm o peso do meu voar
Porque minhas atenções só se submetem aos meus alertas
E as celas que me detém têm as dimensões do alto mar!
Eu sou o vento incessante que circula toda Terra
Sou os avanços e recuos das impressionantes marés
Sou a onda que se sente pressionada pelo mar e se lança às pedras
Eu não sou a imagem de um momento, nem tampouco o seu invés!
Eu sou palavra que não se explica por única tradução
Eu sou canção de ritmo indefinido
Meu amor não é enclausurado, nem mesmo por meu coração
O céu de meu mundo interior transcende as fronteiras do infinito!
Que eu não seja condenado pelos braços que desejam ser amarras
Cada pássaro traça o vôo de suas próprias histórias
Alguns se encantam por puleiros ou moram nos ombros e casas
Outros são filhos da liberdade e não toleram gaiolas!