Das Mãos ...
a poesia foge num rasgo de dor
abre espaço nas fendas das lágrimas
flutua no vácuo sem rastros
e a canção calada sufoca
o corpo da alma desgarrada
do começo ao fim das horas
bocas salivam cometas
consomem estrelas
não ha mais letras no espaço
voantes pensamentos
para deitar sonhos nos horizontes
a inspiração vai morrendo
palavras tentam erguer escadas
no silêncio dos muros malditos
o mundo em labirintos espera
e os dias indiferentes passam
na seca semente da poesia
26/02/08
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