A OBRA TEM SUA ROSA

A sorte que me espreita

Antes me obscurecia

Meu rosto agora aceita

Tal morte por asfixia

E mesmo à distância

Onde me aprisionará

Mala eterna existência

Não vos abandonarei cá

Na egoísta forma vazia

Sem um dedo de prosa

Ou um verso de poesia

A obra tem sua rosa!

Despetalada às palmas

De uma aurora póstuma

Que vem e vão calmas

Em bradação cósmica

Kadja Ravena
Enviado por Kadja Ravena em 26/02/2008
Reeditado em 18/09/2008
Código do texto: T876018
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