A OBRA TEM SUA ROSA
A sorte que me espreita
Antes me obscurecia
Meu rosto agora aceita
Tal morte por asfixia
E mesmo à distância
Onde me aprisionará
Mala eterna existência
Não vos abandonarei cá
Na egoísta forma vazia
Sem um dedo de prosa
Ou um verso de poesia
A obra tem sua rosa!
Despetalada às palmas
De uma aurora póstuma
Que vem e vão calmas
Em bradação cósmica