Déjà-vu
Por anos se repete...
Ainda é estranho
Este vazio que me faz
Tomar a caneta sempre
Que algo ruim acontece.
Não lembro os motivos.
Apenas sei que é o estopim
Para o desabafo...
O choro já existiu.
As lágrimas secaram
Quando vagarosa e incessante
Iniciou-se a desventura pelo amor.
Há sensação de mundo paralelo,
Faz-se certo, em erro finda.
Espectros de indignação
Comandam a marcha ao flagelo.
A espera é necessária?
Machuca alma e corpo
Sangrando o coração
Escravo da impaciência.
Aprende-se com erros e sofrimentos...
Nos resta saber o quanto.
São sete e dezenove de domingos
Que continuam singulares...
Não se sabe da equivalência
Do pagamento por padeceres...
Quanta areia escoa para
Novamente existir plenitude?
Contidos os sorrisos permanecem
Observando as cinco direções.
O crer é passivo como o coração
Que implora o findar da tinta.