Déjà-vu

Por anos se repete...

Ainda é estranho

Este vazio que me faz

Tomar a caneta sempre

Que algo ruim acontece.

Não lembro os motivos.

Apenas sei que é o estopim

Para o desabafo...

O choro já existiu.

As lágrimas secaram

Quando vagarosa e incessante

Iniciou-se a desventura pelo amor.

Há sensação de mundo paralelo,

Faz-se certo, em erro finda.

Espectros de indignação

Comandam a marcha ao flagelo.

A espera é necessária?

Machuca alma e corpo

Sangrando o coração

Escravo da impaciência.

Aprende-se com erros e sofrimentos...

Nos resta saber o quanto.

São sete e dezenove de domingos

Que continuam singulares...

Não se sabe da equivalência

Do pagamento por padeceres...

Quanta areia escoa para

Novamente existir plenitude?

Contidos os sorrisos permanecem

Observando as cinco direções.

O crer é passivo como o coração

Que implora o findar da tinta.

Gimi Ramos
Enviado por Gimi Ramos em 24/02/2008
Código do texto: T873983
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