Nenhuma palavra de ódio
Absorva essas fúrias desenfreadas
Neste valo do medo, conto apenas comigo
Sou a mais pura das flores desgarradas
Nesse jardim de paixão e perigo
Surpreenda-me com um sentimento valioso
Deseje-me nessa estrela que cai
Que chora... num lamento silencioso
Pela estrada da agonia, minha vida se esvai
Provoque a ira dos anjos
A dor da canção
Mas nenhuma palavra de ódio
Povoará esse amargo coração
Minha solidão parece calada
Ouvindo as canções que eu mesma escolhi
Mostre-me uma vida bem aventurada
E eu esquecerei as palavras ríspidas que eu prometi
Desafie-me a encontrar meu espírito infeliz
Adornado em um sofrimento exagerado
Não há tormentas que me matem por um triz
Apenas um adeus inesperado
Convoque a tormenta das estrelas
A impureza da ilusão
Mas nenhuma palavra de ódio
Salvará minha alma dessa maldição
Cante palavras doces
Que me façam perder o medo
Purifique meus sentidos
Nenhum sentimento chega muito cedo
Abençoe orações sinceras
Dos poetas que morreram jovens
Eu venci as lembranças que me faziam padecer
Não há palavra de ódio que me faça esquecer...