Roda anfitriã
Roda anfitriã
Sandra Ravanini
...e gira o sentimento na constelação maior,
rodando nos eixos da vida tão mais risonhos,
entontecendo-te, ó lamento, no caudal mor
da roda anfitriã abraçando todos os sonhos.
Se a alegria incolor consuma o invisível do ser,
musicado a seresta vertida de um doce olhar
ébrio de alquimia, vem! Consagra o anoitecer
pra etérea dos astros quando a alma acordar.
Ouvisse o berço onde nasce o rio mais fecundo
o canto lacrimal ceifando o choro que escorre
da face, bebendo o elixir, milagrando-te, ó mundo,
nas espumas brancas da água que nunca morre.
Há pedras nos caminhos despistando a alforria;
mas hão de rir as letras deste simples papel
quando o pergaminho, rasgado de tanta euforia,
despertar o sonho perplexo pras folhas aos léu...
01/02/2008
15h01