Ironia
Certas vezes uns pedaços de poesias me vêm à cabeça,
E eu nunca estou perto de um papel com caneta,
Ao escrever, afinal, não lembro com clareza.
Perdidos pensamentos, rápidos, como cometa...
Nunca sou eu quem escreve, é a inspiração que escreve em mim,
Não sei como uma poesia pode nascer assim?
E nos poetas? Somos o que afinal?
Apenas um canal de palavras, livre e natural?
E sem saber por onde comecei, tento terminar,
Aquilo que nem fui eu que escrevi,
Aquilo que, por mim só, não haveria de se cogitar:
Construir certo poema, depois o lê e depois o amar...
É irônica a vida,
São estranhas as poesias,
Feitas de gélidas brumas,
Feitas de coradas alegrias...