DESGARRADO

Sou das canções, das madrugadas,
dos copos de muitas bebidas,
homem boêmio, de tantas vidas,
gato soturno na escuridão.

Vida devassa?
Cachaça. 
Um nada,
que por nada passa.

Dores imersas em meu lado escuro.
Inseguro, adianto os ponteiros, disfarço.
Ando pelas ruas, trôpego no próprio passo.
num caminho que leva a lugar nenhum...

Apenas mais um,
imerso na noite,
no rumo do açoite, 
fumaça e fumo.


 

CAVALEIRO SOLO
Enviado por CAVALEIRO SOLO em 22/02/2008
Reeditado em 31/08/2010
Código do texto: T870897
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