Sou

"Apesar disso

- escutem bem -

todos os homens

Matam a coisa amada;

Com galanteio alguns o fazem,

enquanto outros

Com face amargurada;

Os covardes o fazem com um beijo,

Os bravos, com a espada!

Oscar Wilde

Sou

Um deserto num oásis,

Um jardim estéril,

Num apartamento

Não acabado,

Um jogo de póquer sem "ásis"

Um cata-vento sem vento,

Uma prosa de versos

Rabiscados.

Sou

O assassino louco

Inconsequente e psicopata,

Do meu próprio Mar Morto.

As presas que nele mergulham,

Termino sempre por matá-las.

André Espínola
Enviado por André Espínola em 22/02/2008
Reeditado em 22/02/2008
Código do texto: T870385
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