Clausura
Reti nas mãos os gestos infantis
para que meu olhar os traduzisse
e a inocência esparramou na retina
todos os risos excessivos que há em mim...
Deixei repousando o dogma da esperança
quem sabe um dia ele me mostre a face
enquanto isto repousa silenciosamente
na minha inquieta alma que nunca adormece.
E no meu coração dividido em celas
onde armazeno carinho, amizade, afeto,
o sangue flui distribuindo nas veias
a paixão - mestre-sala poética.
Assim, na clausura, nenhum sonho arrefece.