A hora e a vez da humanidade (Daqui a algum tempo)
Disseram-me ontem que a vida não seria mais a mesma.
Ignorei. Foda-se!
O que tenho de ver com a vida,
além do fato de ser escravo dela?
Quero que caia a merda das águias de metal.
Quero ver a REVELAÇÃO, o Apocalipse.
Quero os quatro assombrosos cavaleiros,
e os sete selos.
Verei Vênus, a Estrela Matutina, Lúcifer,
Jesus – como o próprio diz no último livro.
A rosa, qualquer hora, voltará.
Esperemos para degustarmos o sangue das crianças.
Vislumbremos as cores dos olhos cegos.
Que a madrugada interceda na hora do jantar;
o banquete das vísceras.
“Que o corpo e o sangue de Cristo nos guarde para a vida eterna.”
“_ Amém!” - Gritam em coro.
Abram o cu.
Caguem todo esse terror impiedoso das tragédias Aristotélicas.
Que a urina de nossos pênis e vaginas banhe as catedrais.
E que o gozo seja, apenas, o vômito do arrependimento.
Isso, não olhem o corpo jogado no chão,
o peso da consciência não mais existe.
Existe a sede, a dor, o frescor daquele resto de pólvora por trás da orelha,
entre os dedos...
Satã, levante este dedo e dê a ordem aos homens da Nova Jerusalém, da Nova Roma e do Novo Paraíso!]
“_Atenção; preparar; fogo!!!”
A Alethéia já chegou.
Estamos, agora, prontos
e sós.
A Drummond dedico:
Estamos de mãos pálidas a anunciar o fim do mundo.
FIM