Fronteira póstuma
Milícias da escuridão
E do nada absoluto
Travam em minh’alma
Uma batalha pelo
Fim completo.
Envolvidas por negra névoa
Retinam suas espadas
No vazio do branco véu
Sangrando sentimentos moribundos.
Padecimentos alados sobrevoam
Um amontoado de esperança.
Que dantes quimeras ressoava,
Agora clemências sussurra.
Indelével são as trevas
No caminho ao vale da morte,
Em que cegos refletem no espelho
O horror das vistas cerradas.
Incansável e sem sentido
É nossa luta contra o irremediável
Patamar da obliteração,
Que por segundos a fio drena incessante.
Não visíveis aos olhos dos outros
Finalmente nos encontraremos,
O ar findará, a ferida não sentiremos,.
E a alma ansiosa aguarda o cicerone.