Fronteira póstuma

Milícias da escuridão

E do nada absoluto

Travam em minh’alma

Uma batalha pelo

Fim completo.

Envolvidas por negra névoa

Retinam suas espadas

No vazio do branco véu

Sangrando sentimentos moribundos.

Padecimentos alados sobrevoam

Um amontoado de esperança.

Que dantes quimeras ressoava,

Agora clemências sussurra.

Indelével são as trevas

No caminho ao vale da morte,

Em que cegos refletem no espelho

O horror das vistas cerradas.

Incansável e sem sentido

É nossa luta contra o irremediável

Patamar da obliteração,

Que por segundos a fio drena incessante.

Não visíveis aos olhos dos outros

Finalmente nos encontraremos,

O ar findará, a ferida não sentiremos,.

E a alma ansiosa aguarda o cicerone.

Gimi Ramos
Enviado por Gimi Ramos em 21/02/2008
Código do texto: T868655
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