GENTE BOA
Nunca lhe vi,
Não sei quem é você,
Mas, posso imaginar sua alma,
Sem sujeira,
Mas, não mais limpa que a minha.
Posso lhe imaginar belo,
Sadio, inteligente,
Sagaz, competente.
Na pele,
Muita ou pouca melanina,
Não interessa,
Você é gente,
Como eu,
Que fala,
Que trabalha e pensa.
Que sofre,
Que chora,
Que ri e que ama,
Que deseja e sente.
Nunca lhe vi,
Nem devo julgar você,
Mas, preciso lhe dizer
Que no barco Brasil,
Onde juntos navegamos,
Gente como a gente,
Precisa encontrar motivos,
Para fazer valer,
O que sentimos e o que queremos,
Seja você quem for,
Homem ou mulher,
Rico ou pobre,
Branco ou preto,
Somos iguais,
Em meio a esse turbilhão de gente.
Rui Azevedo 20.02.2008