Frestas, labaredas e a noite!

Na fresca que passa a noite

Paira um sinal entre as estrelas

O olhar marca a lágrima distante

Feito o pão que amanhece fora

Do cesto, a espera do dia...

Brindes embrulhados em papel simples

Latas aquecendo o leite de ontem

Uma fria batata esmola o prato

Basta de apelos ao ar noturno

Barrigas vazias, sonhos cheios!

Luzes apontam pela cidade

Nem tanto como no passado

Lampejos de um ano que se espera melhor

Bate as angústias do retorno a fartura

Bate tantas saudades dos que já foram

O olhar brilhante da criança no bom velhinho

O encanto que permanece sempre

O pequeno embrulho debaixo do braço

Fagulhas de castanhas nas sobras do jantar

Músicas enternecem todas as vitrines

Os parcos recursos se multiplicam em uma ceia

Da fartura vem o espelho almejado

De um dia estar em tantas companhias

Trocar embrulhos distintos e sorrisos

Tocar fundo a alma e o coração

Trocar um beijo tão amado

Do presente o olhar que enleva

Amigos, família e outros que chegam,

Congraçam seja qual for à mesa posta

A meia que paira tão próxima da árvore

Pacotinhos brilhantes, brinquedos & roupas...

Acessórios, perfumes & outros quetais,

A calça reformada do primo maior,

Camisa que passou mais de ano esperando por você

O sapato com uma sola nova

Algumas bolinhas de gude, um jogo de botão...

Cadernos & lápis, um brinquedo mais simples...

Para alguns, somente a vez...

De olhar para tantas vitrines

Vejam os fogos, vejam a noite,

Chuva ou Lua, terra ou o mar,

Pobres ou ricos ou outros remediados,

Do ilustre ao desconhecido,

Mais uma noite de Natal que chega,

Outra passagem para um Novo Ano,

E um eterno renovar de esperanças...

O Espírito de Natal deve sempre prevalecer, ele faz parte do bom da vida!

Peixão89

Este texto também faz parte da Ciranda de Natal de 2005 do Grupo Ecos da Poesia - http://www.abrali.com/ecosdapoesia/cirandas/natal_2005_2.htm

Peixão
Enviado por Peixão em 16/12/2005
Reeditado em 03/01/2006
Código do texto: T86801
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