Carne viva©
Elizabeth Misciasci
Entre erros e acertos
Não me escondo.
Me lançando entre escombros
sem limite,
nem que a vida seja a morte
Pago o preço...
Com o olhar de quem quer ver
e não se omite.
Nesse tempo que se perde
em fragmento,
é meu sangue o vestigio no trajeto,
não permito o ressumar
que é tão dorido,
mais a estrada...
Esta é feita de estilhaço!
Se a história torna o livro amarelado
já sem brilho, virá pó acinzentado,
onde o sopro é o resto que ainda resta,
de um frio,a embalar o que é passado.
Sem refúgio, sou ausencia da presença,
rasgo a dor, silenciando o meu pranto,
Carne viva, solidão já pouco importa,
na alma ferida tatuagem.
folha seca caindo... Folha morta
Entre erros e acertos
Não me escondo,
sou fosca pintura,retrato sem moldura,
de uma inacabada paisagem enunciando.
Registro de Averbação- Ministério da Cultura