EU FUGITIVO DE MIM
:::::::::::::::::::::*****************:::::::::::::::::::::
Procuro fugir
da incoerência dos pensamentos
que atos, não devem vir a ser;
dos sentires descabidos que insistem em visitar-me
e que às vezes querem me habitar
mais que possam - e produzem mais mazelas.
Busco uma fuga que não me deixasse retornar
e cair nas armadilhas do meu próprio eu
que me traz a grilhões de ferro
preso em quem sou
em quem não ouve minhas vãs querelas.
Quero fugir
das minhas inquietudes mais prementes
dos anseios que não encontram eco
nesse vasto mar das possibilidades.
Também das indizíveis, incabíveis intenções
a gladiar com os princípios que cultivo
e que me mostram o que de vil há nelas.
Para ser o que há de melhor em mim
e não calar ness’alma o descontentamento
de albergar o vil, o displicente, insano,
e não ser desse meu templo, um profano;
por aspirar voar mais alto, enfim,
vivo a fugir de mim.