Vinte e um
Quando tudo já se sabe
Quando tudo já se é
Quando já não há mais que ser
E só existe perfeição
Nada é real
Só aparência, virtual
Quem sabe, uma suposição.
A vida é incerteza
O certo ainda está para não ser
Esperança é o que se conhece.
A mente não esquece
O que a alma escolhe
O que a emoção colhe
E o ser padece.
E passam-se dias
Meses, anos
E os seus desenganos
Marcam-na para que lembre
Que alegrias e sofrimentos
Que vitórias e lamentos
São indeléveis, são para sempre.