Confissões
Águias negras absorvendo meus sentimentos
Uma dança terna de corpos sedentos...
Lance esse temor no primeiro abismo
Ainda há vida nesse raro romantismo
Que se arrasta por meu corpo como areia movediça
Lúgubres capítulos de uma obra literária
Um desejo doce, uma sedução solitária
Traga suas confissões para esta sacristia
Onde a punição é viver esta fantasia
E se perder quando a noite vira amanhecer
Qual o preço a se pagar
Para simplesmente ser feliz?
Há um inverno em meu sangue corrente
Uma eletrecidade infame e dormente
E não há punição que me impeça de pecar
É uma ira doce que vira vingança
É um amor sobrevivente virando lembrança
E eu condeno a mim mesma por não me arrepender
Fadas pálidas iluminando meu caminho
Esse pecado não consegue sobreviver sozinho...
Sinta essa energia corrompendo meu corpo
Esse coração sofre, mas ainda não está morto
Eu ainda vibro, sentindo a dor que me alivia
Não precisamos nos confessar ainda, é cedo
Ainda teremos força para guardar este segredp
Enquanto a magia ainda valer...
Qual a mentira que não poupa uma cicatriz?
Quando as rimas mais doces perdem a inspiração
Fantasmas da noite profetizando a tentação...
Devaneios não me bastam nesse louco frenesi
Somente nessas emoções eu inteiramente adormeci..