Não me chames
Se me vires só, a caminhar,
e vou andar,
não me chames...
Deixa que eu siga meus pensamentos,
em azuis que foram meus momentos.
Deixa que eu viva a minha sorte.
Não me penses forte...
nem me penses luz,
ou sequer uma chama que seduz...
Andarilha, troco meus passos,
por sonhos em meus espaços
e, tropeçando na minha própria ilusão,
vai seguindo só meu coração...
Não me chames...
Não vou escutar...
Só tenho ecos, um triste soar,
uma saudade, tantas lembranças,
sem ter-te, sem esperanças...