Poema da ausência
Passam os dias
Voam as horas
Explodem os segundos
Mas se aminuta a saudade
Seculariza-se a distância
Amilena-se a espera.
Entre hipérboles e hipérbatos
Neologismos e gradações
Vai-se construindo essa ausência
Perniciosa, persistente, perigosa
Piedosa, potente, patológica
Que brinca de ser não-ser
E espera minha noite amanhecer.