Lírica d’alma

A calma d’alma,

Da mão, a palma,

No sepulcro, a calma,

De quem amou amar.

O sono eterno e certo,

Que aflora sendo calmo,

Não diz quem vai embora,

Só toma pelas mãos e leva,

Quem deseja mais, ficar.

Ai.

Quem me dera ter vida longa e certa,

Pra aprender da vida, a arte,

Transformar o bruto,

Amor de mártir,

Lapidar o coração.

Quero e d’alma, o grito,

Eis a palma das mãos feridas,

Do furor da solidão.

Engana minh’alma, engana.

O Feitiço, o terror e o medo do amor me tomam,

Trazem segredos,

Que, de todo, não se querem revelar.

Infâmia da calma d’alma,

É cigana a minha alma,

Nos caminhos da alma calma, guie-me!

Ensines-me, minh’alma, a amar.

Carlos José Maciel Alves

P.S.: Esta poesia está devidamente registrada em cartório no nome do autor. Toda reprodução sem a devida autorização sofrerá as sanções penais previstas em lei.

Carlos Maciel CJMaciel
Enviado por Carlos Maciel CJMaciel em 14/12/2005
Reeditado em 14/12/2005
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