Jacobina

Conta à lenda

Que o nome dessa cidade

De que ora vou vos falar

É de origem indígena

Da tribo dos PAYAYAS.

Dois índios amantes

Que por sorte, viveram por cá!

Seus nomes? Jacó e Bina

Que pela providencial união,

Originou o nome da cidade de Jacobina.

Na minha imaginação,

A energia que aqui flui

E o homem vivifica

Tem muito de Afrodite

Que lá, do Olimpo onde habita,

Vibra por essa cidade

Energia afrodisíaca.

Porém, essa terra de bom desenvolvimento

Político, econômico e social

Possui também contrastes no setor ambiental:

O rio Itapicuru chora negras lágrimas

De dor sem igual

Exala odor fétido e causa,

Por vezes, náusea estomacal

A divisão gritante de classes sociais

Como em todo o Brasil é um fator natural

Contrastes esses que fazem parte

Do nosso habitat real.

São muitos anos de História

Vale a pena relembrar

Registrar, com certeza,

Mas também reivindicar

Soluções para os problemas

Que desejamos sanar!

Lutar pela igualdade

Com pés firmes no chão

Rumo à cidadania

Pelo caminho da educação

Que conscientiza o homem

E pode livrá-lo da exclusão

Ajudá-lo a exercer, de fato,

O seu poder de cidadão!

Ei! Não fique aí parado

De forma comodista

Pense num novo amanhã

Para essa terra querida, vença o medo,

Busque mudanças, crie novos paradigmas,

Ajude a construir a história

Dessa nossa Jacobina.

Não a história dos heróis

Vista apenas de cima

Mas a história do povo

Sua sorte, sua sina.

Contrastes de forças antagônicas

De grande relação com o poder

Cada uma, ao seu modo, dissemina o saber,

Contudo essa não é a melhor forma

De o progresso conceber.

Soltemos o grito de alerta:

Liberdade de expressão, reunião

Liberdade de acreditar no poder da união

Respeitando as diferenças em favor da nação

Trabalhando a desigualdade nesse bonito rincão,

Cidade do ouro, tesouro, mina, Jacobina

Orgulho e esperança da Chapada Diamantina.