O brilho cabisbaixo de uma pedra...
O brilho cabisbaixo de uma pedra caída no chão
pouco reflete a lágrima que corta a folha seca
tão caída no chão, tão amassada,
em rasgo que farrapo estica
sem a luz da manhã para aquecer o corpo frio
sem a luz da manhã, que demora a seguir,
devorando as entranhas da pedra no chão
pouco aprende com o tato na fina areia do chão
salta o farrapo de novo em salto de ar sem brilho
na esquina da parede do tempo passado
aquele brilho no olhar está perdido na fome
aquele brilho com cheiro da cola do tempo
solta na pedra do chão que ficou lá atrás
o que tanto passa desapercebido na rua
não entende o farrapo que sentado fica
contando as marcas das rugas das mãos
com o lodo embaixo da pedra
ainda cabisbaixo, pouco se levanta
pouco pode esperar do amanhã
nem uma mão estendida.
nem sei se foi pra dizer de alguma coisa que passou, e ficou sem a mesma intensidade...
Peixão89