PAZ
Madrugada.
Chuva insolente
sacode a vidraça,
balança minh'alma
sedenta de paz.
O sono fracassa.
Comigo somente
a busca da calma
que um "eu" dividido
perdeu em caminhos
de sonhos e espinhos.
Cessado lá fora
o pranto da nuvem,
dos olhos brotam
respingos de vida,
e a paz almejada
o sono me embala.