COSMOS
Ouço uma voz bem longínqua
lá no fim da estrada escura da Eternidade
onde nossos segredos estão guardados
e as respostas
se nos mostram claras
lúcidas
O caldeirão das ciências se revela
em fogo líquido
e refaz a essência da Vida
a cor dos olhos
a carne nova e cheirosa
a brasa da personalidade
a semente do Bem
ou da maldade
a perfeição
ou a deformidade
O ser explode em nova dor,
em amores e angústias
no cosmos implacável
A solidão é a música das trevas,
da ciranda interminável