VERSOS LIBERTOS

Temos um ritmo interno,

rimas criadas ao sabor

da métrica da vida.

Os versos nos pulsam

no conflito-entendimento

da emoção com a razão.

Expressamos, únicos,

o que sentimos

em absoluta solidão.

Limites nos cerceiam

a liberdade de criação.

De fora para dentro,

impõem-nos um padrão:

preceitos doutos, perfeitos,

que não admitem outros

diferentes jeitos,

em caminhos tão estreitos...

Somos sujeitos !

De dentro para fora

as sendas são diferentes:

exclusivas, frementes

e, muitas vezes, fugentes...

Gestamos poemas ímpares,

nascidos de mergulhos íngremes:

estamos sós nas asas da poesia,

gozando a graça da estesia.

Somos livres!

(para o Forum - Criações coletivas - SEM MÉTRICA E SEM RIMA)