Desabafo de um poeta II

Poeta.

Magnífico e imprestável ser.

Inconseqüente, distribui emoções sem mensurá-las.

Sua gana egoísta em definir sentimentos enlouquece.

Poeta.

Maldito Deus inescrupuloso.

Criando e exterminando à bel prazer.

Seu individualismo parcial encoleriza.

Poeta.

Amante e assassino calculados.

Incapaz de distinguir o Disforme e o Belo.

Seu utópico desejo eterno em ser cabal.

Poeta.

Infeliz em sua felicidade comedida.

Feliz em sua infelicidade simulada.

Poeta.

Eu.

Você.

Fabricio Oliveira
Enviado por Fabricio Oliveira em 12/02/2008
Reeditado em 02/08/2008
Código do texto: T856863
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