Sem regras
Edson Gonçalves Ferreira
Sou como Pessoa
Não gosto que me peguem pelo braço
Que ditem o meu caminho
Não vou aonde você quer
Não gosto dos versos presos às rimas
Escrevo tão doído com a tinta do meu sangue
Que até meu corpo dói...
Não, não quero a metrificação louca
Respeito os que amam os quartetos e, até eu, já fiz belos sonetos
Mas o verso livre é pra gente livre e louca como eu
Afinal, grandes versificadores jamais foram grandes poetas
Grandes poetas jamais foram grandes versificadores...
Eu não sei se sou grande ou pequeno
Mas meu verso tem a minha cara
Só falo o que sinto
E sem correntes
Há tanta pureza nas minhas palavras que até Deus se comove
Sou consagrado é por Ele
O resto, é resto e pronto!
Divinópolis, 12.02.08