MINIMAL

A noite passa, lenta.

Um brilho ao longe, aumenta.

E as mãos escrevem, sós.

Lá no fundo, uma voz.

Por fado, um lamento.

No destino, um momento.

Aberto em flor, um espinho.

Em cada passo, um caminho...

Ergue-se em voz, o amor.

No prazer, há uma dor.

E no querer, uma ausência.

Apetite. Dormência.

O tempo curva-se, vasto.

O movimento dá-se, gasto.

Gasto...

Gasto!

( Credo, radinho !... )