Perdida...
Meu sonho desbotou, perdeu a cor.
Se esfacelou contra a realidade gritante da tua frieza.
Tantas palavras...
Camufladas, douradas de verdades,
Insanas, covardes,
Tentas inculta no meu mundo,
O preto e branco do seu desamor.
Não soube sentir meu sabor,
Só sabes provocar minha dor.
Não comunga comigo as vontades.
Rotula de fraqueza... minha delicadeza.
Te agride minha aparente calma.
Não entendes minhas lágrimas,
Só sagra-me a alma...
Meu sorriso se esvai, vertes meu líquido vital.
Assimilas o que me fazes de mal?
Não, não tem noção da intensidade de tua maldade.
Como sufoca meus sonhos,
Como desfez minha imagem da felicidade.
Me deixas no escuro,
Roubando a luz do meus olhos,
Pois deixaste a inocência de meu amor,
Te abraçar... e depois negas teu calor.
Rastejo sozinha, mergulhada na solidão.
Naufraga do teu mar de ilusão.
Verdade! nunca pegastes emprestado.
As cores do meu coração.
Não podes entender a paixão.
Pois teus tons pastel,
Não colorem meu céu.
Meu azul é mais intenso,
Com intenso é meu sentimento!
Não percebes meu momento?
Não enxergas, pois não conheces,
O início e fim do que é amizade.
Nunca amaste de verdade!
Retiro hoje meu véu,
E fujo na linha do horizonte,
Em busca do meu infinito no verso.
Banida de sua vida,
Sozinha numa esquina esquecida...
Sofrida!