RECANTO DOS SONHOS

Há tempos que me ponho a sombra da janela dos sonhos

A olhar o floreado que a luz das estrelas fazem ao cair.

Bem quando os olhos úmidos pedem o que querem

E como uvas remontam cachos do que fui, sou e serei.

E, assim, há sinal para as coisas que sinalizando marcam o tempo.

Das coisas que sei, porque estive lá, sem saber que alguém sabia

E que sempre de lá ia para contar aos que não sabiam

Para sentir o gosto da janela dos sonhos brilhar nos olhos sombreados

Que muitos deixam apagar conforme se neutralizam na vida.

Resolvi só ver o que voava e parar de reparar o inerte sonho no chão.

Porém com a cabeça no mundo das asas

Sementes no chão brotaram como rosas pulsando para vida

E de repente um jardim dos sonhos fez do lugar um recanto

Onde pessoas que muitos não conhecem e que nem mesmo eu

Foram para lá cantar e encontraram o que nos cachos de sonhos há...

E há tempos que muitos se põem como sóis a janela do mundo

A sentir o perfume floreado da luz dos jardins a subir como sonhos...