O dia do meu princípio...
Trepida o caixão sem vivas cores,
no carro funeral a caminho.
Os apressados trazem as flores,
rosa colhida com todo espinho!
Minha alma serena acompanha
no lucanário testemunha do fim.
O diabo “reza” sem êxito a façanha,
querendo apossar-se de mim!
Momento de muito choro e comoção
Digam-me por que de tanto lamento?
Se em vida aceitei a ressurreição,
sempre esperando este momento!
O caixão segue ao seu destino,
no cemitério sepultura vai chegar
Para que tocar na igreja o sino?
não ouço, estou em outro lugar!
Dores já não me fazem as fisgadas
nem me aborrece o terno amarrotado.
No céu são outras casas e estradas,
Serei feliz sendo por Deus chamado!