RONDA

Rondo

toda a casa.

Não estás.

Rondo

todos os recantos

que existem

nas ruas.

Estás.

Em outros braços.

A sentir outros afagos.

Nem um olhar.

Finges que não me vê.

Cansei de escândalos,

de maltratos.

Volto

para casa.

Só.

Como um fantasma

na escuridão.

Ao chegar,

subo até o quarto,

jogo-me à cama.

Uma dor

imensa

apodera-se de mim.

Choro

todas as lágrimas

que tenho para chorar.

E adormeço

fatigado,

na esperança

de que ao amanhecer,

estejas a dormir ao meu lado

e de que voltes para mim.

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