Sozinhos, nunca estamos.

Sozinhos, nunca estamos,

Encontramos nos lugares mais remotos

Um conhecido esquecido

Que nos lembra que os caminhos se reencontram.

E quando caminhamos despreocupados

Com as mãos jogadas ao vento

Há sempre alguém que nos lembra:

- Cuidado com a pedra, cuidado com o carro!

E se insistimos em reclusão,

Nosso eu recluso começa a entreter o pensamento

E começamos a falar com o nada, com o vento

E esse hóspede da nossa introspecção

Acaba sendo nosso companheiro de indagação.

Sozinhos, nunca estamos.

Márcio Ahimsa
Enviado por Márcio Ahimsa em 07/02/2008
Código do texto: T850169