Sozinhos, nunca estamos.
Sozinhos, nunca estamos,
Encontramos nos lugares mais remotos
Um conhecido esquecido
Que nos lembra que os caminhos se reencontram.
E quando caminhamos despreocupados
Com as mãos jogadas ao vento
Há sempre alguém que nos lembra:
- Cuidado com a pedra, cuidado com o carro!
E se insistimos em reclusão,
Nosso eu recluso começa a entreter o pensamento
E começamos a falar com o nada, com o vento
E esse hóspede da nossa introspecção
Acaba sendo nosso companheiro de indagação.
Sozinhos, nunca estamos.