Em tua carne
Nessa tua carne
Habitam solitários
O sopro e o assombro
Do gesto omitido
A sépia e a seiva
De primavera enrustida
O aguardar lancinante
Do degelo.
Nessa tua carne
Residem incógnitos
A chama e a cinza
Do desejo elíptico
O rasgo e o sangue
Do amor suprimido
O sufocar constante
De um eu mal contido.