Até Que Se Murchem Todas As Flores

Até que se murchem todas as flores

E a morbidez destrua as claras cores

Hei de cultivar meus falsos amores

E meu coração ser carcomido pelas dores.

No vinho, meu sangue há de se alimentar

Nos becos das trevas, me deleitar

Na luz da lua, hei de descansar

Na sepultura úmida, onde irei me eternizar.

Mas até a última batida do meu coração

Meu suplico pela vida, minha aberração

Até a última gota de vinho do meu coração

Há de saciar minha sede por maldição.