Encontros
Caminho apressadamente pela rua,
E a lua,
Como se quisesse se enaltecer,
Estava gigante e bela a me olhar,
Conduzia-me a um inesperado encontro,
Seduzia e encantava...
E não mais agüentando,
Cruzei meu olhar com ela...
E me seduziu levando-me a paixão...
E o brilho não mais foi só dela,
Porque o intuito de apenas seduzir
E jogar-me aos seus pés,
Foi invertido...
Ela apaixonou-se por mim...
E pôde sentir-se como os apaixonados por ela...
Naquela inócua solidão,
A distância que antes parecia pequena,
Em virtude da sua magnitude
Agora, era imensa como o cosmos...
E o tempo que parecia arrastar-se,
Era insuficiente para estar comigo...
E assim sucediam-se nossos encontros...
Todas as noites, ela acompanhava meus passos,
Lentos, ou rápidos...
No platonismo enluarado.
A guerra cósmica se travava,
Por todas as noites,
Em todas as fases...
Amávamos intensamente,
Com os corpos quentes e insaciados de desejos,
E se apaziguava,
Em todos os amanheceres,
Quando nós já estávamos cansados,
Exaustos de tanto amar,
E a noite tudo recomeçava,
Como na primeira vez.