Desdobramentos...
Euna Britto de Oliveira
Não gosto de ver cobertas desdobradas,
Sobretudo em meu quarto, em minha casa.
Mas houve um tempo em que eram tantas,
Eu tinha de cuidar das crianças,
Algumas vezes, sem ninguém para ajudar,
E ainda devia sair pra trabalhar...
Então, eu embolava colchas e cobertores
E os guardava no armário.
Assim, não via o caos que eram as cobertas desordenadas,
Anárquicas, fuxicadas...
Mais de uma vez passei ao longo das colunas do túnel, em Paris,
Onde a Princesa Diana se acidentou.
A pobrezinha foi bater logo ali,
Naquela fatídica coluna no interior do túnel,
Onde todo dia tanta gente passa e, Graças a Deus,
Não acontece nada.
Como uma coberta desdobrada,
Como a lona de uma tenda desmontada,
Um corpo amarrotado, depois recolhido,
Impossível de ser consertado,
Eternamente guardado.
Canso de constatar que quem faz o lugar são as pessoas!...
Ainda lembrando essa princesa,
Foi viver num palácio real,
Mas lá, pelo que se divulga,
Sentia-se muito mal.
As principais pessoas do palácio não eram a seu favor.
É bom estar entre pessoas afins,
As maravilhosas pessoas que são a nosso favor
E que nos querem por perto
Simplesmente porque nos amam...
Amanhecer entre amigos é ser mais feliz
Do que a linda, boa e popular princesa inglesa
Que conheceu a glória
Mas à qual faltou Amor na casa real em que se passou
A sua meteórica história...
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Detalhe:
Entre o médicos da equipe que tentou salvar a vida de Diana, havia um médico brasileiro. Não sei o nome do médico. Sei o nome de sua mãe:
Neulza Romero, uma ex-colega de colégio.
Lembro-me que era muito linda, gentil, e excelente pintora de telas a óleo!...