Anjo de Ébano
Anjo de Ébano
Cerco-me da magia que replica quando partes
De tuas visitas quiméricas o ópio do teu sorriso
Meu anjo de ébano és tu como o sumo das artes
Quando estais presente é o acalento que preciso
Quem dera fossemos feitos do mesmo destino
Pois me sinto incapaz de ter asas, impuro, leviano
E sobre a face do anjo o espelho de um menino
Acontece quando o sagrado encontra o profano
Do Barroco a dicotomia de nossas tantas cores
Do teu interior a beleza que lhe é característica
Do meu peito a pura utopia dos transgressores
Nesta poesia é um doce desejo que se versifica
Ah se eu pudesse viajar há três belas primaveras
Tomaria tuas mãos bem próximas ao meu ninho
E como nos mais belos dos sonhos que consideras
Alçar vôo juntos, flutuando por um lindo caminho
4 de fevereiro de 2000