SEM DESVIO

Não sou equilibrada.

Balanço pra lá e pra cá.

Oscilo entre a vida e a morte

apoiada numa linha-norte.

É tão frágil o caminho...

São tantos os ventos que sopram

e me deixam sem alinho !

Mas eu prossigo: credo ut intelligam...

Avanço com prudência.

A vida me é muito cara.

Tenho plena consciência:

às vezes, é preciso entortar a vara.

(para o Poesia on-line, do Forum, em 03/02/08)