CARNEVALE

Dies moil Orpheum

Polichinelos
saracoteiam frenéticos 
em reviravoltas pelo ar.

É frevo. É samba. 
É o batuque do olodum na gafieira.

E tu folião
perdido e anônimo,
acossa atrás d'alegria 
entre mil palhaços na multidão.

Joga confete
arremessas serpentinas 
e faz do Pierrot e da Columbina uma frívola amizade.

Por quê?

Porque tão piegas explosão de "alegria"?

Carnaval
acaba triste
numa quarta de cinzas, 
e às sombras do amendoal  de volta ao colo o desamparo, 
e ao chão o desencanto da vida real.

Foi extravaso do superflúo não foi alegria.

A verdadeira alegria é o estar-se alegre de contente, aquela que ilumina, suavisa e sublima a alma.

[Carnevale ai  nostri giorni è l'allegra festa che si celebra, nella tradizione cattolice]

Todo
o resto é superfície!



SERRAOMANOEL - SLZ/MA - TRINIDAD - 03.02.2008.

serraomanoel
Enviado por serraomanoel em 03/02/2008
Reeditado em 05/02/2008
Código do texto: T844977
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