Aperto
Eu não caibo nos versos da minha loucura
De dia só uma fatia, de noite só amargura
Na praça do sol a pino
Não digo do meu destino
Mas sigo esse fascínio, de logro, alto resquício
Me delicio com as batidas do meu inquilino
Coração rebelde sem pátria
Sem mãe, sem partido
Sem ser a túnica rebelde do perigoso guardião de minhalma
O meu corpo de carne me dói
Mas me traz ferramentas
Para degustar uma canção
Para tocar uma mulher
Ou apenas admirar um singelo pôr-do-sol
Ou uma inquieta lua cheia