FOI...

Foi.

Foi no silêncio do meu desespero que eu ouvi tua voz pela primeira vez.

foi naquela manhã que se fez noite, que a tua luz brilhou mais forte.

Foi na lágrima mais salgada que escorreu na boca, que vieste a mim.

Foi quando eu apenas sentia tremor nas mãos e o meu corpo quase desfalecia de dor, que eu senti o teu amor.

Foi quando eu estive à margem do caminho que me deixaste te encontrar!

Foi assim que eu vi que me amavas.Alí. Somente alí, a minha dor era fé, a minha lágrima era fé, meu cansaço era fé, estar de pé era fé!

E eu coitada de mim! Que no meu silêncio desesperador só conseguia chamar teu nome: Jesus!

naquele momento da mais profunda desilusão, foi somente em Tí que eu voltei à razão!

E a minha humilhação, meu desespero,minha dor, minhas lágrimas, minha vaidade, meu orgulho, ficou tão pequeno diante da cruz.

E quando eu penso o fui, o que fizeram comigo,o que eu fiz; na minha mais profunda angústia ainda assim tudo isso: é muito pequeno diante de Tí Jesus!

Alí o calmante não acalmava!

O lenço não continha as lágrimas!

O abraço do irmão não consolava!

Só o que eu tinha era fé turvada, o grito preso na garganta que não explodia! E tudo isso era nada..diante de Tì.

Quase sem sentidos e sem sentir nada, me levavas a cruz!Na dor que suportara.

traído , injustiçado, mas nada nenhuma dor que eu sentisse a sua se comparara.

Atirada no chão, quase um bicho, só conseguia pedir perdão por comparar-me a Tí. A Tí Senhor!

Quem era eu alí? Sinônimo de tristeza, sinônimo de opróbrio.

Foi alí que eu renasci vendo e percebendo em mim uma dor tão parecida com a Tua!

Agora eu sei de onde me tirastes.

Eu sei que eu não suportaria sua dor.

Eu não suportaria Senhor, Obrigada!

Editado 25.02;08 CR)

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 01/02/2008
Reeditado em 25/02/2008
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