DEPENDÊNCIA

Por caminhos tortuosos da densa floresta

com os raios de luz quase encobertos,

transitam sorrateiras mulas, encurvados,

com ombros envergados pela carga funesta.

Sem nenhum respeito ou importância dar,

a limites de línguas, bandeiras e de raças,

preparam em silêncio a maldita receita

da erva que aprisiona, dilacera e mata.

Desprovidos de quaisquer sentimentos,

de caridade ou amor pelas vidas humanas,

como animais de transporte servem a seus patrões,

esses perigosos marginais de mentes insanas ...

... que martirizam a todos, ricos e pobres

... que infernizam e destroem os lares

... que confundem e dilaceram a mente dos jovens

... em benefício único de seus pares.

Que lhes importam as lágrimas de dor,

de uma mãe aflita, tensa, desesperada

que impotente, chora e observa com pavor,

o sofrimento e a desdita de sua filha amada?

Mas, ainda que a lei dos homens não os atinjam,

acobertados na ação funesta de falsos amigos seus,

a corrigir com severidade tão injusta tolerância

resta-nos ainda, forte e justa, a mão de Deus!

E tu, que envolvido estás em meio às drogas

e que ainda força tendes para lutar,

reaja, lute, por sua própria vida e pelos teus

que também sofrerão por tí ... se fracassar!!!

Urias Sérgio de Freitas

Urias Sérgio
Enviado por Urias Sérgio em 01/02/2008
Reeditado em 28/01/2016
Código do texto: T842658
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