Portas
Entreabertas...
O destino,
Acena,
Calmo,
Quieto,
E ela não sabe se vai,
Ou se fecha o trinco.
Entreabertas...
O menino,
Chama,,
Inquieto,
Ofegante e exitado,
E ela não sabe se vai,
Ou se faz amor atrás da porta.
Entreabertas...
A fresta não é nítida,
Um raio tênue de poeira,
Transpassa,
Como no mito da caverna,
Ela não sabe se são alegorias, ou realidade.
Fechadas...
Alguém bate na porta,
E ela atende e entende,
Que a maturidade é um tempo,
Sólido,
Mas só, muito só.
Abertas...
Ela compreende que as horas,
São passagens, que custam caro,
É um tempo frágil,
Mesmo que também só.
Encostadas...
As mãos dela chamam liberdade,
Mas ela se esconde entre as paredes
Penduradas de gaiolas.
Entreabertas...
O vento forte bate a porta.