Cotidiano
No meu vício de fechar os olhos
Pra falar ao telefone
Na alegria que imploro
A cada novo instante
Nos meus pensamentos soltos
No despertar da madrugada
Nos seus devaneios todos
Construindo sua estrada
Em cada descoberta tola
Com a surpresa de um menino
E numa notícia boa
Me embriagar do seu sorriso
Ao seu lado num altar
Que não precisa ser sagrado
No miojo pra jantar
Porque o arroz ficou salgado
Nas cotas do dia
Nos dias do ano
Em seu cotidiano.